HISTÓRIA
Provavelmente, este projecto não existiria hoje sem o memorável tête-à-tête a quatro, numa noite de Verão em 1999, quando foi tomada a decisão de retomar a produção de vinhos. Haviam passado vinte anos desde a última colheita vindimada pelo Avô Zé Rovisco, em finais dos anos 70, e que ainda tão bem perdurava na memória de todos, alguns ainda em tenra idade…
Agosto. A família, vinda de Lisboa, reunia-se em Casa Branca para as frequentes férias de Verão e assistia-se, nas redondezas da aldeia e entre outras actividades agrícolas, à habitual azáfama das vindimas.
Relembrando essa última e saudosa colheita, mãe e pai, Beatriz Rovisco Pais e José de Castro Torres, desafiam os filhos Diogo e Vasco a recordarem um sonho do Avô e seus antepassados, dando o mote para a continuidade de um projecto agrícola de tradição familiar, iniciado no séc. XIX por grandes Lavradores naquelas férteis terras alentejanas, e que há anos aguardavam em pousio para ver nascer novas colheitas.
Lagar em fermentação
O luar, nessa noite, iluminava o pátio da casa e como que projectava no ar o sonho já tornado realidade — não havia como voltar atrás.
Juntos, projectavam o momento em que concretizariam algo tão belo, oriundo da sua tradição familiar, no presente e no futuro da família. Um brinde a todos!
Trisavô Martinho Rovisco Pais 1833-1881 | Bisavô José Martinho Rovisco Pais 1875-1938 | Avô José Heitor Pais Rovisco 1914-1997 | Avós, Mãe Beatriz Pais Rovisco e Família 1952 | Pai José de Castro Torres e Mãe com neto Vicente, na actualidade
Duas gerações que davam as mãos, que uniam esforços e paixões para ver renascer o gosto pelo cultivo da terra, passando-o às vindouras e abençoadas gerações.
São João Nepomuceno - Capela erigida por volta de 1750
Atraídos pela história da família, com ambição e orgulho em poder dar-lhe continuidade, os irmãos Diogo e Vasco, na altura, Arquitectos recém-formados, têm vindo, desde então, a dedicar-se de corpo e alma à produção agrícola. Evidenciaram prontamente, enquanto jovens agricultores, o ADN dos seus antepassados — e o prazer no trabalho transforma o antigo sonho em realidade.
Com o enólogo Engº Telmo Timóteo
Em Março de 2000, recomeça a aventura, tendo então sido plantados numa primeira fase quatro hectares de novas vinhas, perfazendo um total de vinte hectares. As pequenas folhas nasceram, os primeiros cachos mostraram-se, e os bons vinhos surgiram. Tudo isso os inspirou a almejar aquilo a que também se tinham proposto — uma merecida homenagem à família e à tradição.
Associação dos Escanções de Portugal, Lisboa 2016 - Medalha de Prata
Hoje, o projecto de família prossegue com uma importante componente vitivinícola, sendo que a sua área de vinha plantada continua a crescer para uns estimados trinta hectares em 2023, e também com o investimento na vertente turística, oferecendo estadia num dos trinta e três quartos da casa. A vertente Enoturismo será uma realidade num futuro muito próximo.
Casa Rovisco Pais, 1898
Casa Rovisco Pais, 2022
O Pateo do Morgado, aliando a produção de vinhos de qualidade a um turismo de habitação exclusivo, oferece uma experiência única e distinta, profundamente ligada às raízes e à cultura do Alentejo, e que conta ainda com inúmeras histórias que os anfitriões têm para contar. Sugere-se que à lareira, degustando um tinto!
Edifício Classificado pelo IPPAR como de Interesse Concelhio
O conceito do Pateo do Morgado é de carácter marcadamente familiar, com uma história multissecular ligada a grandes Lavradores, que nasceu e cresce a cada dia no mesmo sítio onde, há mais de cento e trinta anos, esses antepassados da Família Rovisco Pais plantaram as primeiras vinhas, tendo então iniciado esta jornada vitivinícola.
Vindima 2015
Em 1914, ano de nascimento do Avô Zé Rovisco, o Bisavô José Martinho Rovisco Pais mandou construir uma nova adega que ainda hoje eterniza esse legado e que dá lugar, neste século XXI, à produção dos vinhos do Pateo do Morgado.
Pateo XXI